A presença do Rabo-de-burro sempre foi observada em pastagens e em áreas não cultivadas, associadas a solos com características ácidas, de baixa fertilidade e compactados.
A sua disseminação inicial em áreas agrícolas correu no sistema de integração lavoura-pecuária, com manejo intensivo e de pouco cobertura do solo.
O agricultor costuma fazer o controle desta espécie no período da primavera, pouco tempo antes da semeadura da soja. Neste momento, o herbicida será aplicado sobre uma planta perenizada, com elevado desenvolvimento e grande acúmulo de matéria seca. Associado a isso, será uma planta estressada pelas baixas temperaturas e geada ocorridas no período de inverno.
Esses fatores colaboram para o reduzido controle obtido quando aplicado na primavera pois, nesta época do ano, a aplicação de Glifosato e Graminicidas não tem resultado em controle satisfatório para essa espécie daninha, mesmo em doses elevadas e com uma aplicação sequencial de paraquate.
A outra oportunidade para o controle dessa espécie é no período após a colheita da soja, no outono. Nessa ocasião, as plantas que sobraram na soja serão cortadas pela colhedora, eliminando por completo a massa de folhas verdes e secas existentes. Essa uniformização da planta pelo corte da colhedora estimulará o rebrote da planta, disponibilizando uma população uniforme, o que beneficiará a ação dos herbicidas. Além disso, o fato da planta estar fisiologicamente ativa, em pleno crescimento e realocação das reservas da raiz para a parte aérea fará com que os herbicidas sistêmicos (glifosato e os graminicidas) tenham maior translocação na planta, dificultado novos rebrotes.
A partir dessas áreas iniciais de infestação passou a ser observado também em áreas essencialmente agrícolas e em solos com níveis mais elevados de fertilidade. Isso ocorreu pela grande quantidade de sementes que a planta produz e por suas características de fácil dispersão pelo vento e também pelas colhedoras, no momento da colheita da soja.